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segunda-feira, 7 de novembro de 2022

Prof. Mestrando Douglas Ataniel Alves Xavier Disciplina: Neurofiologia - ppt carregar

Prof. Mestrando Douglas Ataniel Alves Xavier Disciplina: Neurofiologia - ppt carregar: Sinapses Químicas Junção Sináptica O neurônio pré-sináptico libera uma substância chamada de neurotransmissor, que se liga a proteínas presentes no neurônio subsequente, promovendo excitação ou inibição. Existem mais de 40 substâncias neurotransmissoras. Junção Sináptica OBS: Alguns neurotransmissores: ACETILCOLINA NOREPINEFRINA EPINEFRINA HISTAMINA ÁCIDO GAMA-AMINOBUTÍRICO (GABA) GLICINA SEROTONINA GLUTAMATO

sábado, 5 de novembro de 2022

Bioeletrogênese: Transmissão Neuromuscular e Sinapse - ED

 Versão PDF.

ESTUDO DIRIGIDOBioeletrogênese: Transmissão Neuromuscular e Sinapse

1. Explique a diferença de potencial entre os 2 lados da membrana plasmática.

As células nervosas e algumas outras células possuem uma diferença de voltagem entre o meio intracelular e o meio extracelular, sendo o meio intracelular sempre negativo e o meio extracelular sempre positivo.

2. Qual a origem do potencial de membrana?

A origem desses potenciais é a distribuição assimétrica de íons especialmente Na+, K+, Cl- (cloreto) e HPO4 2- (hidrogenofosfato).

3. Qual a importância dos potenciais elétricos para as células?

Primeiro, permite que uma célula funcione como uma bateria, fornecendo energia para operar uma variedade de "dispositivos moleculares" embutidos na membrana. Em segundo lugar, em células eletricamente excitáveis, como neurônios e células musculares, é usado para transmitir sinais entre diferentes partes de uma célula.

4. Qual a diferença entre as 2 principais formas de potenciais (de repouso e de ação).

Resposta curta: O potencial de repouso da membrana é determinado pela distribuição desigual de íons (partículas carregadas) entre o interior e o exterior da célula e pela permeabilidade da membrana diferenciada para diferentes tipos de íons.

Explicação: Em repouso (Potencial de Repouso), o meio intracelular da célula apresenta-se carregado de mais íons negativos, enquanto o meio extracelular encontra-se carregado de mais íons positivos. Caso a célula nervosa receba um estímulo os canais de sódio existentes na membrana se abrem e, o Na+ (que está carregado positivamente), por difusão, entra na célula tornando o meio intracelular menos negativo até chegar em uma certa voltagem (limiar) que irá abrir outros canais de sódio permitindo a ampla entrada de Na+, invertendo a polarização a  célula, despolarizando-a (Potencial de Ação): meio intracelular mais positivo que o meio extracelular. Isso irá fechar os canais de sódio e abrirá os canais de potássio, como há mais K+ no meio intracelular que no meio extracelular, o K+ (carga positiva) irá, por difusão, sair da célula até que ela se repolarize, ou seja, até que fique com mais carga negativa no meio intracelular. Entretanto, como sai mais K+ do que a quantidade basal que havia no Potencial de Repouso, gerando assim, uma hiperpolarização, e então, entra em cena a bomba sódio-potássio, para regularizar a quantidade basal de Na+ e K+ no meio intracelular e garantir o potencial de repouso da célula.

5. Caracterize:

a) despolarização - é quando a célula nervosa deixa o potencial de repouso, e através de um estímulo, permite a entrada de Na+, e tem sua polarização invertida em relação ao meio intracelular, ou seja, o meio intracelular que é mais negativo, torna-se mais positivo que o meio extracelular.

b) repolarização - é quando a célula nervosa retorna à polarização de potencial de repouso, ou seja, ela torna o meio intracelular mais negativo que o meio extracelular ao permitir a saída de K+.

c) hiperpolarização - é quando a célula nervosa apresenta mais carga negativa que a quantidade basal inicial do potencial de repouso, nesse caso, entra em ação a bomba Na+/K+ para regularizar e garantir o potencial de repouso da célula.

6. Como ocorre a transmissão eletroquímica do impulso nervoso?

O aspecto elétrico é a propagação de um sinal dentro de um neurônio. Geralmente se inicia no corpo celular e é transmitido na direção dos axônios.

O fenômeno químico consiste nas sinapses, que são a transmissão do impulso de uma célula a outra, através de substâncias chamadas neurotransmissores.


7. Explique:

a) Período refratário - O neurônio não pode conduzir um novo impulso nervoso enquanto o impulso está trafegando pelo neurônio. Logo, o neurônio não pode conduzir um novo impulso até que se repolarize totalmente.

NOTA: Período Refratário Absoluto: durante o qual nenhum potencial de ação pode ser produzido;  Período Refratário Relativo: após o PRA, estímulos mais intensos que o normal podem excitar a fibra;

b) Princípio do tudo ou nada - O estímulo tem que ser suficientemente intenso para produzir um impulso nervoso. Ou o estímulo é bastante forte para excitar (ou seja, para despolarizar todo o neurônio) ou simplesmente não despolariza.

8. O que é condução saltatória? Quais são as vantagens oferecidas pela condução saltatória?

O impulso nervoso é chamado de saltatório, pois ele não consegue passar nos locais em que há a presença da bainha de mielina, uma substância isolante encontrada em alguns neurônios. Nessas células nervosas, o impulso só passa nos nódulos de Ranvier, saltando de nódulo para nódulo.

A condução saltatória economiza tempo, espaço e energia, já que a despolarização e a repolarização de cada ponto depende de bombas de sódio-potássio, que consomem ATP para funcionar.

SLIDE: Vantagens à Aumentar a velocidade com que o neurônio conduz o impulso nervoso; impedir a despolarização de grandes extensões do neurônio logo impede um grande influxo de sódio e efluxo de potássio do neurônio; e gasta menos ATP para a transmissão do impulso nervoso.

9. Descreva a estrutura e função da bainha de mielina nos neurônios.

A maioria dos axônios dos neurônios motores é mielinizada, ou seja, são recobertos por uma bainha de mielina, que é uma substância “gordurosa” que isola a membrana celular do neurônio. No sistema nervoso periférico, essa bainha de mielina é formada por células especializadas denominadas células Schwann. Esta bainha não é contínua, ou seja, não envolve toda a membrana do axônio; estes espaços são conhecidos como nódulos de Ranvier. Quando este impulso nervoso, potencial de ação, percorre o axônio, o potencial salta de um nódulo para outro; este processo é conhecido como condução saltatória. Tal fenômeno faz com que o impulso nervoso seja conduzido muito mais rapidamente que em axônios não mielinizados.

FUNÇÃO: A bainha de mielina permite a condução dos impulsos elétricos ao longo da fibra nervosa com velocidade e precisão. No entanto, quando a bainha de mielina é lesionada, os nervos não conduzem os impulsos de forma adequada.

10. O que é sinapse? Quais são as 3 partes de uma sinapse?

A sinapse é um ponto no qual um neurônio encontra sua célula alvo (outro neurônio ou uma célula não neuronal).

É o ponto de contato onde ocorre a transmissão de sinal do axônio para o neurônio adjacente . As sinapses podem ser elétricas e químicas.

Cada sinapse possui três partes:

(1) terminal axônico; (2) fenda sináptica;e (3) membrana da célula pós-sináptica. A informação é transportada de uma célula pré-sináptica para uma célula pós-sináptica.

11. Diferencie:

a) Sinapse elétrica X Sinapse química

Sinapse elétrica: o impulso que chega é rapidamente transmitido ao neurônio pós sináptico com um mínimo período de latência.

Sinapse química: a mediação do impulso depende da liberação de uma substância química (neurotransmissor).

b) Sinapse excitatória X Sinapse inibitória

Se o sinal produzido na membrana pós-sináptica for a despolarização, iniciando o potencial de ação, então será uma sinapse excitatória. Se o sinal produzido na membrana pós-sináptica for de hiperpolarização, a ação resultante será inibitória do potencial de ação, portanto nesse caso há uma sinapse inibitória.

Sinapse excitatória: O potencial de ação chega à extremidade pré-sináptica e libera o neurotransmissor das vesículas. Esse mediador liberado atravessa a fenda sináptica e se liga em receptores específicos, resultando em um aumento da permeabilidade da membrana a pequenos íons, especialmente ao sódio. A penetração dos íons sódio despolariza a membrana pós-sináptica e quando o suficientemente intensa, inicia um potencial de ação que continua no mesmo sentido anterior.

Sinapse inibitória: O processo é semelhante, mas o neurotransmissor liberado aumenta a permeabilidade aos íons potássio, e especialmente ao íon cloreto, que penetra na membrana pós-sináptica, provocando uma hiperpolarização: o interior fica ainda mais negativo, e o exterior mais positivo. Assim, o potencial de ação que chega não consegue despolarizar a célula, e não passa.

12. Diga se os seguintes neurotransmissores são excitatórios ou inibitórios:

NOTA: Os neurotransmissores excitatórios funcionam para ativar os receptores na membrana pós-sináptica e aumentar os efeitos do potencial de ação, enquanto os neurotransmissores inibitórios funcionam para prevenir um potencial de ação.

a) Acetilcolina EXCITATÓRIO

b) Serotonina INIBITÓRIO

c) Dopamina EXCITATÓRIO E INIBITÓRIO

d) Noradrenalina EXCITATÓRIO

e) GABA INIBITÓRIO

f) Glutamato EXCITATÓRIO

g) Endorfina NEURO-HORMÔNIO INIBITÓRIO E EXCITATÓRIO (?)

H) HISTAMINA – EXCITATÓRIO

I) EPINEFRINA – EXCITATÓRIO

NOTA: Os neurotransmissores podem ser excitatórios, quando mandam o outro neurônio disparar, ou inibitórios, quando impedem ou diminuem a probabilidade de outro neurônio disparar.

Excitatórios: esses neurônios provocam a despolarização da membrana pós-sinápticas.

Inibitórios: esses neurônios promovem a hiperpolarização da membrana pós-sinápticas.


13. Caracterize:

a) Junção neuromuscular - A junção neuromuscular é a região de sinapse entre fibra muscular estriada esquelética e axônio motor; cuja função é a transmissão do impulso nervoso. As sinapses entre os axônios dos neurônios motores e as fibras musculares esqueléticas são chamadas de junções neuromusculares (JNM). Estas servem como modelo de sinapse química, e a substância transmissora é a acetilcolina (Ach)(2).

b) Placa motora - São o conjunto de fibras musculares inervado pela arborização terminal de um único neurônio motor. - O número de unidades motoras de cada músculo está relacionado com o tipo de função que o músculo deve desempenhar.

c) Unidade motora - é composta por um único neurônio motor alfa e todas as fibras musculares que ele inerva. Auxilia no controle da força e precisão na contração. A unidade motora é um neurônio motor alfa com seu axônio e fibras musculares que o inervam. Pode ser considerada a menor unidade funcional do aparelho locomotor. Quando o neurônio motor é estimulado, todas as fibras musculares que pertencem ao mesmo se contraem.

14. Qual é o neurotransmissor liberado pelo neurônio motor?

Acetilcolina

Potencial de Ação

 Adoro os vídeos dela!!! 💚💚💚


SINAPSES NEURONAIS, POTENCIAIS DE MEMBRANA E POTENCIAIS DE AÇÃO

 

sábado, 29 de outubro de 2022

Respiração Celular - Ciclo de Krebs

Clique aqui para baixar o PDF.


RESPIRAÇÃO CELULAR

· Processo bioquímico para a produção de energia (ATP) que ocorre no citosol e nas mitocôndrias das células.

· Divisão didática à Etapas da Respiração celular:

1º Glicólise

2º Ciclo de Krebs

3º Cadeia Respiratória

· Ocorrem ao mesmo tempo dentro da célula

· Essas 3 etapas são responsáveis por garantir a completa oxidação de glicose, ou outras moléculas orgânicas, a dióxido de carbono e água.

1. GLICÓLISE

· lise = quebra --> glicólise (quebra da glicose)

· Glicólise --> transformar 1 molécula de glicose em 2 de piruvato

· Acontece no citosol (citoplasma)

· Reação anaeróbica (sem gasto de oxigênio) mas gasta 2 ATPs

· Oxidação parcial da glicose

· Resumo:

- gasta 2 ATP

- forma 4 ATP

- forma 2 NADH

- forma 2 piruvatos

· O ácido pirúvico formado no processo de glicólise, com a presença de oxigênio, é usado na mitocôndria no processo de respiração celular. Quando, no entanto, não há oxigênio suficiente, o piruvato é transformado em ácido lático ou etanol (fermentação).

· O destino do piruvato irá depender do tipo de célula e das circunstâncias envolvidas no metabolismo: nos organismos e tecidos aeróbios, em condições aeróbias, o piruvato é oxidado (na mitocôndria), com perda do grupo carboxílico, originando o acetil COA, que depois será oxidada a CO2 dentro do Ciclo de Krebs.

· os 2 NADH e os 2 piruvatos entram na mitocôndria para dar continuidade à respiração celular

· Carreadores de elétrons: NAD e FAD

· As reações metabólicas que degradam os nutrientes e obtêm energia para a célula são do tipo oxidação-redução (também denominada oxi-redução).

· Quando um composto químico (molécula, íon) perde elétron ou higrogênio, diz-se que houve oxidação. Ao contrário, se uma espécie química ganha elétron ou hidrogênio, observa-se uma redução.

· Nestas reações participam substâncias conhecidas como coenzimas. As mais importantes coenzimas carreadoras de elétrons são a nicotinamida-adenina dinucleotídeo e a flavina-adenina dinucleotídeo. As formas oxidadas dessas coenzimas são abreviadas por NAD+ e FAD; as formas reduzidas são NADH e FADH2

2. Ciclo de Krebs

· Ocorre na matriz mitocondrial

· Precisa de oxigênio dentro da célula

· Ciclo do ácido cítrico

· Produz CO2, elétrons energizados e ATP

· Otimizar a retirada de energia das moléculas orgânicas, como a glicose, através da oxidação

· Oxidação é o nome dado ao processo de perda de elétrons por um átomo, grupo ou espécie iônica durante uma reação química.

· Piruvato (C3) --> C3 - CO2 --> Acetil (C2) + Coenzima A = Acetilcoenzima A, forma-se também 1 NADH e 1 CO2

· Acetilcoenzima A (Acetil-CoA (C2)) --> ciclo de reações --> Ciclo de Krebs/Ciclo do Ácido Cítrico --> forma --> 3 NADH , 1 FADH2 , 1 ATP , 2 CO2 (x2 pq são piruvatos por 1 glicose)

· Resumo:

- Saldo total da glicólise + ciclo de Krebs: 10 NADH , 2 FADH2 , 4 ATP

3. Cadeia Respiratória

· Ocorre na membrana da mitocôndria, nas cristas mitocondriais

· Fosforilação oxidativa

· Sequência de substâncias transportadoras

· Etapa com maior produção de ATP com ajuda da proteína ATP síntase

· Libera água para ser usada como combustível

· Resumo:

- Produz 34 ATPs, e um total aproximado de 38 ATPs (qtd variável) por molécula de glicose

NOTAS VARIADAS

· Metabolismo à trabalho celular, com presença de alta qtd de O2 (metabolismo aeróbico) ou baixa qtd de O2 (metabolismo anaeróbico) à produzir/aumentar energia

· Metabolismo à Reações químicas:

a) catabólicas: degradar uma determinada molécula

b) anabólica: sintetizar/criar. Ex.: Glicose entre no músculo, e ele a transforma em glicogênio

· Ácido pirúvico à no músculo

· Metabolismo à maioria das reações é ácida; o metabolismo forma um ácido. Quando há muitas reações que geram muitos ácidos o metabolismo reduz sua velocidade, desta forma para reverter o quadro ele vai realizar reações químicas adicionais para transformar substâncias ácidas em substâncias bases (como se fosse um ácido mais enfraquecido) para neutralizar o ácido produzido e assim manter a velocidade das suas reações.

· Toda base tem a terminação ATO --> piruvATO (base do ácido piruvICO), lactATO (ácido látICO), citrATO (ácido cítrICO)

· Toda substância ácida tem sua base.

· Glicose --> ácido pirúvico --> add 1 hidrogênio (+H) --> acidose metabólica (perda de energia) --> piruvato --> ácido lático

· Em Bioquímica a palavra próton é usada como um sinônimo para o íon molecular de Hidrogênio (H+)

· Respiração celular = produção de energia (ATP) --> o ATP libera energia --> ADP --> associa-se a outro fosfato durante a respiração celular para a produção de ATP

· Armazenamos energia em lípidios (gorduras) e não em ATP.

· Compostos orgânicos de onde retiramos energia: 1º carboidratos (açúcares), 2º lípidios (gorduras) e 3º proteínas

· Pão (carboidrato) --> amido --> molécula gigante de açúcar --> quebra --> maltose --> intestino delgado --> glicose --> sangue --> entra nas células pelas proteínas de membrana

· Lembrar: toda enzima é uma proteína

· Quando nós ingerimos uma alta quantidade de glicose, o nosso organismo utiliza o que necessita e o excesso é enviado para o fígado, que transforma a glicose em glicogênio e ela fica armazenada em nosso fígado, aumentando a concentração de glicogênio.

· O glicogênio é um polissacarídio formado por milhares de unidades de glicose. O principal órgão de armazenamento concentrado de glicogênio é o fígado, mas também é encontrado nos músculos. Em nosso organismo existem substâncias essenciais para o funcionamento das células.

· Como a glicose vira glicogênio?

A síntese do glicogênio, ou glicogênese, acontece mediante a ação da regulação da insulina. Depois de comermos, a taxa de glicose no nosso sangue aumenta. Na sequência, o pâncreas libera insulina, ativando o glicogênio sintetase. Essa é uma enzima que permite que a glicose excedente seja transformada em glicogênio.

 










 

 


sábado, 22 de outubro de 2022

Comunicação Celular

 


Os princípios de comunicação celular regem as conversas e o entendimento entre todas as células do corpo humano. Dito isso, seu conhecimento é um componente essencial da compreensão da fisiologia humana. Então, é importante relembrar tanto com a explicação conceitual quando os exemplos, as maneiras que as células usam para se comunicar, que podem ser as mais variadas, dentre as diversas maneiras podemos destacar algumas em particular, que são:
ENDÓCRINA: É o tipo de comunicação no qual o mediador químico é secretado na corrente sanguínea por um grupo de células e, ao se difundir pelo sangue, vai atuar num outro grupo de células distantes do local de produção, as quais expressam receptores para o mediador em questão. Classicamente, atribui-se o nome dos mediadores químicos que atuam de maneira endócrina de hormônios, então, hormônio é aquele mediador químico com ação endócrina, mas isso não exclui que o mesmo possa ter ações adicionais, como parácrina, autócrina ou intrácrina. Ex: A Hipófise liberando ACTH na circulação, e este indo até a adrenal e atuando no córtex para causar a liberação dos hormônios adrenais.
PARÁCRINA: É o tipo de comunicação no qual o mediador químico é secretado no LEC (Líquido Extracelular) da vizinhança do tecido, e assim, atua em células vizinhas diferentes da produtora, mas sem chegar a circulação. Ex: Quando as células endoteliais produzem óxido nítrico, este se difunde para as células da musculatura lisa vascular adjacentes, e atua como agente vasodilatador para regular o tônus vascular e o fluxo sanguíneo. Ou a insulina produzida pelas células beta do pâncreas atuando nas células alfas adjacentes para inibir a produção de glucagon também é um exemplo de ação parácrina.
AUTÓCRINA: É o tipo de comunicação no qual o mediador químico é secretado também no LEC (Líquido Extracelular) da vizinhança do tecido, porém este atua nas própria célula que o produziu. Ou seja, as células respondem as substâncias que elas mesmas secretam, isto é, a célula produtora também é a célula-alvo. É como se o mediador químico fosse secretado e após isso, ele volta a se ligar na membrana da própria célula produtora. Muito utilizado com a intenção de amplificar sinais de pouca intensidade, no caso da retroalimentação positiva e na interrupção de sinais muito intensos, no caso da retroalimentação negativa, inibindo sua própria síntese. Ex: Algumas células produzem fator de crescimento para elas mesmas, alguns neurônios produzindo BNDF.
INTRÁCRINA: É uma forma especializada de comunicação autócrina. É quando o mediador não chega a ser secretado da célula, não havendo exteriorização do mesmo. Geralmente isso é produto de uma metabolização intracelular, por isso faz-se necessário um receptor intracelular, pois a secreção do hormônio e a ligação ao receptor ocorrem dentro da mesma célula. Ex: O hormônio T4 é convertido a T3 dentro da célula alvo e atua sobre a mesma.
JUSTÁCRINA: É o tipo de comunicação no qual o mediador químico de uma célula interagem ainda na membrana dela com outra célula, ou seja, é dependente de contato, através da adesão entre células adjacentes (Logo é necessário que a célula que produz o mediador esteja em contato direto com a célula que possui o receptor apropriado). A comunicação via junções gap (junções comunicantes) via conexinas também é considerada justácrina. Ex: A via de sinalização Notch é um exemplo de sinalização justácrina em que duas células adjacentes têm que ter contato físico para que se processe a comunicação. Este requerimento de contato direto permite um controle preciso da diferenciação celular durante o desenvolvimento embrionário. O mecanismo de apresentação de antígeno pelas células APCs aos linfócitos T CD8+ também é por via justácrina, assim como algumas interações com outras células do sistema imune.
CRIPTÓCRINA: É o tipo de comunicação no qual o mediador químico de uma célula interagem seletivamente num compartimento subcelular delimitado com células intimamente relacionadas. Ex: No túbulo seminífero, no qual ocorre interação entre célula de sertoli e célula espermática, na qual o fator TGF atua sobre as espermátides, sem conseguir ter ação sobre interstício por causa da barreira hematotesticular - quando existe a produção de um hormônio que atua no local sem poder se difundir para o meio intersticial. É um atendimento local/regional tecido-específico.
NEURÓCRINA: É o tipo de comunicação no qual o mediador químico é liberado de uma terminação nervosa e podem atingir seus alvos de duas maneiras:
Na primeira, semelhantemente à parácrina, essa comunicação ocorre entre células próximas, a diferença existe no tipo de ligação, tendo em vista que a comunicação neurócrina somente liga uma célula nervosa a outra ou uma glândula ou a um músculo. É a comunicação via sinapse clássica, através da fenda sináptica. O mediador químico recebe o nome de neurotransmissor e se difunde ao longo da fenda para se ligar aos seus receptores pós-sinápticos e ter seu efeito em questão. Ex, um neurônio dopaminérgico liberando dopamina num outro neurônio.
Na segunda maneira, a terminação nervosa de um neurônio libera o mediador químico, porém não numa sinapse, mas sim na circulação sanguínea para atuar como um hormônio com ação endócrina, essa ação também pode ser chamada de ação neuroendócrina, pois é um neurônio produzindo um hormônio que se difundirá num local longe de sua produção através da circulação. O mediador químico pode ser chamado também de neuro-hormônio. Como exemplos, podemos citar a ocitocina e o ADH, que são liberados e atuam nessas condições, os neurônios dos núcleos hipotalâmicos os produzem e os secretam através dos seus terminais axônicos ao longo da neuro-hipófise e atuam nas suas células-alvo em questão.
Referência:
Fisiologia - Margarida Aires - 4ª edição - 2012
Fisiologia Médica - Boron, Walter F - 2ª edição - 2015
Fisiologia Humana - Uma Abordagem Integrada - Silverthorn - 5ª Edição - 2010
Tratado de Fisiologia Médica - Guyton - 12ª Edição - 2011
Fisiologia - Berne & Levy - 6ª Edição - 2009
Tratado de Fisiologia - Aplicada às Ciências Médicas - Douglas - 6ª Edição

Ação Hormonal no Controle do Metabolismo - ED

 Clique aqui e baixe o PDF.

1. Defina hormônio.

Substância produzida por uma ou mais células e liberada na corrente sanguínea até um alvo distante a fim de exercer seu efeito com baixas concentrações.

2. Quais as principais glândulas endócrinas?

Pineal, hipotálamo, hipófise, tireoide, paratireoide, pâncreas, suprarrenal, ovário e testículo.

3. Diferencie:

a) neuro-trasnmissor e neuro-hormônio:

neuro-transmissor = substância química secretada por neurônios que vão até a célula-alvo, afeta o neurônio pós-sináptico próximo;

neuro-hormônio= substância química secretada por neurônios na corrente sanguínea que vão até a célula-alvo, afeta alvos distantes.

b) ação intrácrina e autócrina:

intrácrina = a secreção do hormônio e a ligação ao receptor ocorrem dentro da mesma célula;

autócrina =  a secreção do hormônio é no LEC (Líquido Extracelular) da vizinhança do tecido, porém este atua na própria célula que o produziu. A célula produtora também é célula-alvo.

4. Qual é papel da célula secretora e célula-alvo na ação endócrina?

Célula secretora = responsável pela síntese e secreção do hormônio que vai levar a informação

Célula-alvo = reconhece o hormônio e altera funções em resposta a esse hormônio

5. Quais são os três grupos de neuro-hormônios?

1. Catecolaminas (produzidas na glândula suprarrenal)

2. Neuro-hormônios hipotalâmicos liberados pela neuro-hipófise

3. Neuro-hormônios hipotalâmicos que controlam a liberação de hormônios da adeno-hipófise


6. Caracterize:

a) hormônio peptídico:

- vida curta

- solúvel em água

- compostos por aminoácidos unidos

- lipofóbicos: precisam se ligar a receptores de membrana (o complexo hormônio-receptor inicia a transdução do sinal)

- inclui hormônios secretados pela: hipófise anterior e posterior, pâncreas (glucagon) e paratireoide (paratormônio)

b) hormônio esteroide:

- derivado do colesterol

- produzido no córtex da glândula suprarrenal e nas gônadas

- gestante: placenta produz hormônios esteroides

- são lipossolúveis

- precisam de proteínas carreadoras

- receptores no citosol e núcleo da célula-alvo

c) hormônio amínico:

- derivado de um único aminoácido: tirosina ou triptofano

- catecolaminas + hormônios tireoidianos

- melatonina (hormônio da glândula pineal e derivada do triptofano)

- hormônios da tireoide comportam-se como hormônios esteroides, com receptores intracelulares que ativam os genes

- precisam se ligar a receptores na membrana da célula

* Notas:

- catecolamina: modificação de uma única molécula de tirosina; ex. adrenalina, noradrenalina e dopamina

- tirosina: participa da sintetização dos hormônios tireoidianos e amínicos (ex.: catecolamina)

7. Sobre os hormônios peptídicos, esteroides e amínicos, explique:

a) síntese e armazenamento; b) transporte c) meia-vida d) interação com a MP e) localização do receptor f) ação g) tempo de resposta



8. Explique sucintamente o reflexo endócrino simples.

- Uma célula endócrina detecta um estímulo diretamente e responde secretando seu hormônio.

- A célula-alvo (endócrina ou não) recebe o estímulo da célula sinalizadora em seu receptor.

- Sinalização endócrina à a célula sinalizadora libera um ligante (hormônio) que cai na corrente sanguínea para atingir o receptor da célula-alvo, a qual está longe do local de produção do ligante*.


*Elaborado com a ajuda de um colega.


quarta-feira, 19 de outubro de 2022

Reflexo Endócrino Simples


- Uma célula endócrina detecta um estímulo diretamente e responde secretando seu hormônio.

- A célula-alvo (endócrina ou não) recebe o estímulo da célula sinalizadora em seu receptor.


Fonte: SILVERTHORN, D. U. Fisiologia Humana: Uma abordagem integrada. 7a edição. Manole, 2017, pág. 208

segunda-feira, 10 de outubro de 2022

Vitaminas Hidrossolúveis e Lipossolúveis

 Resumo sobre Vitaminas (clique no link para acessar a versão completa).


* Vitaminas à Compostos orgânicos essenciais

Não produzimos, não são fonte de energia

* Funções metabólicas:

 - Estabilização de membranas celulares

- Hormonal (A e D)

- Doadores ou receptores de H+/ e- 

- Coenzimas ou cofatores enzimáticos

* O organismo não é capaz de sintetizar quantidades essenciais de vitaminas

* Fonte: DIETA

Vitamina K é produzida por bactérias no intestino

* Carência nutricional:

- Hipovitaminose (parcial)

- Avitaminose (total)

Excesso: Toxicidade


Por que a testa dói quando você toma sorvete?

Antes, conheça o Nervo Trigêmeo (NC V) Nervo Trigêmeo e seus ramos O nervo trigêmeo é o principal nervo da face e sua função primordial é ve...